domingo, 30 de maio de 2010

1 - "Ela une todas as coisas" I

Era mais ou menos no final de abril de 2008, quando conheci aquela linda menina de olhos verdes como a gramínea mais verde que possa existir, suas bochechas eram grandes e redondas, como duas maças maduras, seus cabelos eram encaracolados perfeitos grande e negros como carvão, seu corpo não era nem atlético e nem muito largo, era de uma fofura admirável que dava vontade de apertá-la como um urso de pelúcia, sua voz era doce e meiga como um sussurrar do vento nos ouvidos, seu hálito inconfundível tinha cheiro de hortelã, seu cheiro tinha algo de novo pra mim, algo que não sei bem descrever de tão gostoso que era suas mãos macias e às vezes geladas. Era ela Lana Oliver dona da minha vida desde então. Ela vinha aqui quase todos os dias me ver. Era como se fizesse parte da rotina depois do colégio, passar em minha casa pra conversar, namorar um pouco e rir.

Tudo começou um dia que fui olhar meu Orkut, quando abri a página inicial, vi lá, seu nome para adicionar não pensei duas vezes logo me encantei com aquela beleza estonteante, aceitei e mandei um recado: “Ta adicionada moça”. Não demorou muitos minutos ela manda um de volta: “Moça é? hahahaha acho que só minha avó me chama assim". Começamos a conversa. Papo vai papo vem e eu me encantando cada vez mais por aquela garota que mesmo por internet parecia tão meiga, tão linda e encantadora. Ela era como uma droga, eu não conseguia deixar de conversar com ela nós podíamos passar um dia inteiro ali que sempre nos teríamos assunto suficiente. Era como se já nos conhecêssemos a anos, em outras vidas. Foi encantador passar a noite conversando com ela por MSN, Orkut, celular.

1 - Ela une todas as coisas II

Passaram-se os dias de conversa por MSN, e nossa amizade crescia muito, o que eu sentia por ela ia tornando-se algo grande que eu não sabia dizer o que era. Então eu peço pra ficar com ela, de imediato ela disse que podia ser meu coração disparava como uma metralhadora, eu nunca tinha sentido aquilo por ninguém, foi dai que eu percebi que ela não era só mais uma garota que eu ficara, ela era a garota por quem eu me apaixonara perdidamente.

Dia 4 de maio do ano passado, estava acontecendo um encontro de motoqueiros aqui em Prata cidade onde moro, eu como todo Piripiriense ia ver as motocicletas, gigantes aquelas colossais, com seus bizarros visuais macabros e pretos, quando vejo passar a garota que eu me apaixonara perdidamente nos últimos dias. Ela estava de biz, passando pela avenida principal, enquanto eu estava na praça com meus amigos, aquela foi a primeira vez que vi Lana. Eu não sabia bem o que iria fazer, se pedia pra ela parar e conversarmos se acenaria para ela, ou se simplesmente sorriria quando ela me visse, então acenei e ri ao mesmo tempo, um sorriso torto, ela fez o mesmo e acenou com um olhar que eu ficara envergonhado por ter sido tão tosco diante aquela estonteante garota. Então ela se foi, eu queria que ela tivesse parado e falado comigo, mas também eu podia ter feito o que tinha planejado, mas foi tão forte a vergonha que eu senti que não tinha coragem para fazer mais do que eu tinha feito.
Depois de algumas horas eu reencontro ela no mesmo local. Dessa vez ela estava com amigos. Dessa vez eu fui mais além por que tínhamos amigos em comum então era uma boa desculpa para ir lá. Na maior cara de pau fui La, e perguntei se ela lembrava quem era ela disse:
- Claro que sei Mario. - ela disse entusiasmada
Eu fiquei vermelho de vergonha por que tinha feito uma pergunta tola. Então a abracei e dei um beijo naquelas bochechas lindas. Ela tinha que sair, por que já estavam de partida.
Depois no mesmo dia eu não a vi. Mas fui pra casa feliz, por que primeiro: ela me reconheceu. Segundo: Eu tive coragem de ir falar com ela. E terceiro: Ela é mais linda do que por fotos, passei a noite inteira escutando a nossa música.

2 - A Gente I

Desde o maravilhoso dia que eu vi, Lana Oliver na minha frente como uma deusa, um monumento, magnífico. Com a pele macia, os olhos verdes, e o cabelo encaracolado. Não parei de pensar nela, imaginei possíveis futuros para nós dois. Como nos dois comemorando o dia dos namorados juntos, nós nos beijando, rindo, conversando, de mãos dadas, saindo juntos. Além de imaginar, como seria se nós estivéssemos juntos, eu ficava receoso de não ser nada daquilo que eu estava imaginando.

Nossas conversas online continuaram freqüentemente toda noite, nós falávamos de assuntos diferentes, de música, de novela, de pessoas, de amigos em comum. Enfim nossa amizade só foi crescendo. Mas no dia 13 do mesmo mês - maio - minha vida mudou. Pela tarde foi comum como sempre, conversas no celular, por mensagens de texto, nada programado para a noite só mesmo eu tinha que ir para o aniversário do meu amigo Jonas. Tive que ir para o meu colégio, para fazer a obrigatória aula de educação física, quando vejo uma linda jovem para em frente ao portão do colégio, ele e mais uma amiga. Meu coração dispara, o que queria mesmo fazer era correr pra casa e me arrumar descentemente para aquela garota, eu vestia uma camisa azul-marinho com víeis azul-claro, e uma bermuda jeans e chinelas colocadas nos pés, eu tinha, pela tarde, ido cortar meu cabelo, eu estava um típico menino de rua, roupas simples demais, e cabelo quase raspado, muito curto mesmo, mas não tinha como fugir ela já tinha me visto, ela foi lá me ver, e eu não podia fugir dela. Então virei meu corpo, para a direção delas e fui em diante. Meu coração parecia que ia saltar pela boca, eu começava a suar, minhas mãos ficaram geladas, e eu estava pálido.
- Oi, que legal você por aqui - essa idiotas palavras saíram da minha boca.
- É eu tava fazendo trabalho da casa da Clara, e ela me chamou para vir aqui te ver, ai viemos- ela disse com uma voz suave e doce.
Conversamos um pouco sobre meu cabelo, e sobre o cabelo dela, sobre como ela estava as novidades, que ela tinha e que eu tinha. eu estava doido para beijá-la, ali mas não podia tinha muitas pessoas me olhando e eu não gosto disso, então eu a chamei para entrar no colégio, e beber uma água por que estava com sede. Clara foi muito gentil e entendeu o que eu quis dizer, então não hesitou em seguir-nos.
Quando estávamos voltando, da cantina do colégio, passamos por um caminho longe de onde o professor dava aula, na qual eu estava perdendo. Bem em uma curva da cantina que dava para essa passagem, eu pego na mão dela, e olho nos olhos dela, sem dizer nada, eu a beijo, o hálito dela era suave eu podia sentir seu perfume, pude acariciar o seu cabelo, aqueles cachos que eu era perdidamente louco. Senti seus lábios macios, tocarem os meus, e depois senti os olhos envergonhados dela olhando para o chão como um sorriso, meio acanhado, eu também me senti do mesmo jeito. Então saímos de mãos dadas, como mostrando para todos o que havia acontecido bem ali naquela mesma curva em que eu vejo todos os dias com felicidade me lembrando daquele beijo que foi o nosso primeiro.

2 - A gente II

Não sei bem o que Lana Oliver viu em mim, sou um ano mais novo que ela. Não sou atraente meu porte físico não é de um atleta, modéstia parte a única coisa que eu acho que pode ter a feito olhar pra mim foi meu jeito de se vestir, eu acho que me visto bem, mas não no dia em que nos beijei pela primeira vez, naquele dia eu estava totalmente a vontade como se estivesse em minha casa, usando roupinhas casuais até demais.
Minha outra surpresa foi no dia seguinte, em que eu estava no mesmo local onde estou agora sentando, no mesmo computador em uma Lan house próximo da minha casa, um localzinho quente, com um ventilador, seis computadores, cadeiras de plástico e atrás um balcão verde com colunas cor flamingo. Eu estava esperando ela entrar no MSN ou Orkut, não fazia idéia que ela queria me ver hoje nem que eu ia ver ela. Mas ai me deu uma sensação de que ela estava próxima, e ela estava, na porta daquele cubículo na sua moto vermelha com a farda do colégio de braços cruzados olhando pra mim, e rindo. Fiquei tenso em ver que ela tinha vindo me ver, eu não esperava mesmo. Pedi para que ela esperasse, desliguei minhas coisas e muito tenso e nervoso disse:
- Vamos lá para a porta da minha casa aqui tem muita gente.
- Vamos - disse ela com um sorriso lindo e encantador.
Quando chegamos lá, ela continuou na moto, conversamos muito, nos beijamos, rimos. Até brincamos eu pegava a chave da moto dela e ficava segurando dizendo que ela tinha que ficar lá nem que fossem cinco minutos, que aqueles minutos para mim eram eternos.
Como eu estava feliz só em estar com ela, ali, na porta da minha casa conversando comigo, ficando comigo.
Aquilo me fazia muito bem

3- Homem Aranha I

Dois dias se passaram e eu ainda estava com ela, ainda conversávamos continuamente e diariamente sobre vários assuntos, mas nunca conversávamos sobre nós. Estávamos deixando fluir, deixando acontecer. E ela estava aqui em minha casa no aniversário da minha avó, com outra amiga que morava próximo da minha casa, estava à turma toda, a maioria dos meus amigos aqui, mas não dava nem bola pra eles o que me interessava era Lana com aqueles lindos olhos verdes que me encantavam mais ainda, com o passar dos dias. No meu celular a música que ela me mandou, dizendo que era muito parecida comigo, título: "Homem-Aranha". Meus heróis favoritos acham que ela não sabia que ele era meu herói favorito, mas por conhecidência ou destino ela simplesmente acha a música parecida comigo.
Bem estávamos nós, na porta de casa encostado-se ao carro velho de minha mãe, ela estava linda como sempre. Bem era impossível vê-la feia ou desarrumada, por que tinha uma beleza impar, incomum com as outras meninas. Eu peguei meu celular disse:
- Olha coloquei como toque
- Mais já está ai? Nossa gostou mesmo da música - ela disse.
- Pois é parece mesmo comigo.
Achei a música, e coloquei no volume máximo, ainda não sabia por completa a letra da música, mas as partes mais interessantes dela eu sabia, e fiquei a ouvindoela cantar a música, com uma melodia suave, sua voz saia como um veludo, leve e serena. Não queria que ela reparasse que eu estava a ouvindoela cantar, mas foi tentativa em vão, pois ela já tinha notado, e tinha parado de cantar e ficou olhando pra mim com uma cara de: “Eu não canto bem, minha voz é horrível” e essas coisas que ela sempre dizia, acho que só pra eu dizer o contrário, mas tudo bem abstrai.
E a noite foi assim. Beijos, abraços, músicas, risadas essas coisas que um casal feliz, faz.

Homem Aranha II

Minha vida ai de bom pra melhor. Os dias se passavam como semanas, e a semana como anos, tudo era muito intenso entre mim e Lana, chega o final de semana e eu não podia marcar nada com ela por que tinha que viajar com minha família passar o domingo fora, só no sábado que nos vimos, ela veio aqui em casa, e passamos a noite na minha porta jogando conversa fora, e ficar e rir, e tudo mais. Mas no domingo foi péssimo por que enquanto conversava com Lana e mais alguns amigos no MSN entrou um cara aqui em casa e levaram meus pertences tudo que eu tinha de mais valor material, por que de valor sentimental ele não podia levar por que ela ja estava em casa. Estávamos falando da chuva, eu estava adivinhando quando ia parar de chover por sorte eu acertei, e eu estava ouvindo uma de nossas músicas quando de repente eu observo uma sombra, quando olho para trás vejo que está indo alguém em direção à cozinha pensei que fosse meu avô que estivesse indo para lá, mas ai a pessoa não ligou a lâmpada nem abril geladeira, nem nada. Eu disse para Lana, " espera ai que eu vou ver quem esta na cozinha" foi só isso que deu tempo dizer à ela, quando vejo a pessoa atrás da geladeira enrolada na cabeça com uma toalha amarela e só de bermudão preto, ela só coloca a cabeça para fora só podia ver os olhos dela. Aqueles olhos negros e com raiva, e podia ver a cor da pele dele morena clara. Quando percebi que se tratava de um ladrão meti um grito e sai correndo para a sala onde estavam mais pessoas da minha família, e nessa correria e gritaria eu esqueço meu celular, e minha câmera em cima da mesa do meu computador. Quando acabou a gritaria me dei conta que tinha esquecido tudo lá, e que ele tinha levado os meu pertences quando pude ir para o computador para avisar para Lana o que tinha acontecida, percebi que tinha uma mão de pilão em cima da cadeira em que eu estava sentando, essa era a arma de um quase crime, narrei tudo para Lana e fui para a delegacia fazer o B.O.
Nada feito até hoje, Lana naquela noite ficou muito apavorada e no dia seguinte também quando contei tudo direito pra ela, o que me confortou mais foi saber que eu podia contar com ela quando pudesse nos momentos bons e nos péssimos.

Três por Quatro I

Depois do acontecimento aqui em minha casa, Lana ficou muito assustada com o que aconteceu, e eu mais ainda, não posso negar que fiquei com certo trauma de tudo.
Eu pedi para ela me levar na casa dela, queria conhecer a família dela, conhecer os avôs, as tias, as primas. Mas ela disse que não dava por que os avôs não gostavam que ela ficasse eu talvez nem soubessem e ela também não gostava de levar em casa preferia ir à minha casa, eu por um lado me sentia incomodado com isso, ela ter que vir aqui me ver sempre, ficava a impressão que eu não tenho “moral”, para ir vê-la, mas por outro eu achava bom, por que aqui a gente não ia ser repreendida com o que fizéssemos. Aqui ela tinha liberdade para me beijar me abraçar e rir de minhas besteiras contínuas, certa noite eu fui comprar pirulitos de coração, em um pequeno comércio aqui pertinho de minha casa. Eu só dava pirulito pra ela se ganhasse um beijo, cada pirulito era um beijo, claro que não precisávamos daquele divertimento, mas era divertido. Ela sempre caia na minha brincadeira sempre que ela ia dar uma mordida eu tirava e ela ficava a morder o ar, e sempre ficava muito irritada com tudo que acontecia ela nunca conseguia pegar, e cada vez que ela não pegava dava-lhe um beijo, e foi assim a noite inteira aquela brincadeirinha até que os pirulitos acabaram e ela teve que ir embora.
Minha vida tinha mudado repentinamente. De um garoto que só pensava em ficar com garotas, que só queria saber de futebol, eu me transformara em um cara romântico, sério e que amava muito Lana Oliver.

Três por Quatro II

E o nosso mês de maio, foi passando assim, até o começo de junho. Minha vida mudou completamente de uma pessoa monótona eu me tornei ativo eu me transformei em gente, eu cresci tanto intelectualmente como amadureci anos, eu só tinha quatorze ano ela tinha quinze, quando estávamos juntos.
Dia seis de junho aqui em minha casa estava uma amiga que mora em outra cidade ela veio passar uns dias na minha casa. Lana era amiga dela também e veio à noite vê-la. Sempre que via Lana era como se fosse à primeira vez, sempre aquele frio na barriga, aquele suor nas mãos, e aquela vergonha de olhar para aquele lindo rosto, olhar nos olhos dela e saber que ela está comigo, ela não esta mais com ninguém e sim comigo, que sou mais novo que não sou tão bonito, que só sei dar carinho pra ela. Não se Lana se sentia do jeito que eu me sentia, não sei se ela me amava como eu a amava, não tinha certeza se ela queria o mesmo que eu queria. Então foi nessa noite que eu a pedi em namoro nós já nos portávamos como namorado, já nos considerava, mas precisava de um pedido oficial, não foi jeito que eu sonhei nem do jeito que ela sonhou, mas foi na hora certa, não ultrapassou o limite já estava perto de completar um mês que estávamos ficando, e estava próximo do dia dos namorados, próximo de passar o meu primeiro dia dos namorados, com a pessoa mais perfeita desse mundo, com a minha menina dos olhos verdes, a princesinha da Dona Remédios, sua mãe a quem Lana amava com todas as forças disso eu não tinha dúvidas. O dia seis de junho uma sexta-feira fria, na calçada da minha casa, foi a partir desse dia que eu me tornei o cara mais feliz, da face da terra.
Estar com Lana como minha namorada oficial era simplesmente o que eu mais queria era o meu mundo, meu sonho que se realizava.

Devaneio I

Em poucos dias a minha vida se transformava, de um menino imaturo e fútil eu tinha me tornado agora em um homem com amores, pensamentos, preocupações.
Não me lembro bem o dia, em que nós dois saímos a primeira vez como namorados, os nossos amigos mais íntimos que já sabiam do nosso enlace, e muitas pessoas nem sabia do nosso relacionamento, muitos vieram me perguntar quem era aquela garota que eu tava namorando, e eu com o maior orgulho dizia: "ela é Lana Oliver, minha namorada".
E todos ficavam surpreendidos por me conhecerem como o sempre solteiro, e aparecer em público com minha não nova, mas primeira namorada era uma coisa de surpreender muitos.
Eu e Lana éramos aquele estardalhaço de alegria, de amor, de tudo que dois namorados são. Ela tinha no dia, cortada o cabelo, tinha feito um novo corte, a maquiagem era impecável, realçava os seus olhos verdes. E sua blusa era roxa, um roxo sóbrio assim como seu jeito de ser.
A nossa noite foi perfeita, namoramos nos abraçamos ficamos em volta de nossos amigos. Até quando de manhã nos separamos, ela foi pra casa dela e eu pra minha.
Os nossos primeiros dias de amor foram intensos...

Devaneio II

... Mas antes de continuar a escrever sobre minha vida, aventura amorosa, eu como bom machadiano que sou devo conversar contigo leitor, tenho que te dizer que é bem difícil pra eu remoer essas lembranças que a tanto eu não resgato. Contudo tenho que lhe informar que o meu modo de escrever muda, ao tempo que eu vou mudando também, e também mudam ao modo com o qual eu quero lembrar-se dos fatos. Sim irei ocultar alguns fatos, por motivos de segurança da minha própria vida. Mas voltando ao que realmente interessa, digo que nossos dias como namorados, nos proporcionaram muitas alegrias, junho foi o mês mais vivo e mais intenso dos meus quatorzes quase quinze anos de existência, as minhas tarde se resumiam a passar estudando ou então tentando estudar, no mais era mensagens ao celular. Quando chegava o crepúsculo eu esperava ela chegar a minha casa com um perfume doce, os olhos verdes, e o mais belo sorriso. O crepúsculo, não é hora de ninguém, todos estão chegando a suas casas, exaustos de um dia de trabalho, outros ainda iam ao colégio tentar adquirir algum conhecimento que os tempos de juventude não os proporcionaram. Contudo o crepúsculo era a nossa hora, era o momento que nos encontrávamos para matar a saudade de vinte e quatro horas. Todos os dias ao chegar à noite sempre conversávamos ao telefone e ou ao MSN. Nosso mês de junho passou voando ou eu não me lembro bem dos acontecimentos, acho que quando estamos em um estado de êxtase nós nos desligamos das horas, dos dias e esquecemos os momentos mais tensos e marcantes do nosso eu. Mas nosso “mar de rosas” só chegou até o ultimo dia do mês de junho. Ainda hoje me pergunto o que passou em minha cabeça naqueles quatro dias de procederam. Porém tentarei rever os meus pensamentos e minhas idéias daquele momento.

Todo Carnaval tem seu fim. I

Meus pensamentos, as minhas idéias e o meu modo de ver a vida mudou de uma noite pra outra, não me pergunte o porquê. Aconteceu na noite de trinta de junho de dois mil e oito, as minhas sandices vieram á tona não sei como, mas os meus pensamentos mais sórdidos e os meus devaneios apareceram, uma preocupação desesperada e sem fundamentos de saber do futuro. Pensei no meu passado já vivido ao lado de Lana, vi que nos amávamos muito, mas que não havia mais algo que me fizesse suspirar acho que a rotina de vê-la todo dia se tornou tediosa e monótona. Neguei e não nego mais que tinha saudades da minha vida de solteiro em que não precisava dar satisfação do que fazer e nem de onde ir. Confesso agora também que a vontade de ter outras junto a mim, me instigava muito. E depois dessas vontades todas foi que me veio à cabeça a pergunta mais simplória que pode existir em um suposto fim de relacionamento: “será que ainda existe amor?” Os calafrios e as sensações de pura excitação que eu sentia ao lado dela não se fizeram mais e as palavras que eu lhe dizia não faziam mais o mesmo sentido nem a mesma entonação que saiam antes. Nunca deixei de amar aqueles olhos verdes que e aquele sorriso malicioso de menina, que só ela tinha. Durante a noite toda fiquei pensando nisto tudo e nos nossos planos para o futuro. Na manhã seguinte eu acordei com a idéia fixa de querer um tempo no meu relacionamento com Lana. Mas o que ela diria se eu chegasse com essas afirmações toda a ela? Ao fim da tarde eu pensei bem e decidi que eu continuaria ao lado de Lana e não pensaria mais em nada do que eu pensei na noite anterior. Porém quando nós queremos esquecer uma coisa nós pensamos mais ainda nela. Foi o que aconteceu comigo durante três dias e três noites até o dia que em que tomei a minha decisão.

Todo carnaval tem seu FIM. II

A parte mais cruel e mais avassaladora do meu amor. No dia 4 de julho de 2008. - Eu fiz de tudo pra não chegar a essa parte, demorei meses de um capítulo para outro fiz textos mais longos possíveis pra não chegar a esse dia -. Foi um dia de sentimentos a flor da pele, ao longe eu observava uma fogueira, uma labareda gigantesca e quente até decidi o que iria fazer do meu futuro. Pela manha eu estava diferente dos outros dias eu estava decidido a continuar a minha história com Lana, até tinha marcado de passarmos a tarde junta com amigos. Então ao passar do meio-dia eu fui pra casa desse nosso amigo. Tenho que ressaltar que desde o dia 30 que não nos víamos, ou seja, os meus quatro dias de indecisão se fez decisivos naquelas vinte e quatro horas. E foi lá mesmo próximo a casa que estávamos ao ar livre observando a fogueira, com Lana ao meu lado que eu decidi em não mais estar com ela vi que nossa relação estava ficando desgastada, vi que eu não sentia o mesmo que eu sentia meses antes e que os nossos beijos não são como os de antes. Você não sabe o quanto me dói estar escrevendo essas lembranças, como dói ter que relembrar esse dia infernal, desencavar da minha memória as mais tristes recordações de uma vida. Enfim não tive coragem de falar a Lana o que se passava na minha cabeça, não ali naquele momento, eu esperei chegar a casa, e tive o ato mais covarde de minha existência. Nós conversamos por MSN. Disse a ela tudo que se passava na minha cabeça disse das minhas dúvidas, ou pelo menos eu tentei dizer os meus sentimentos, de coração partido com os olhos cheio de lágrimas eu disse adeus aos dois meses mais felizes da minha existência, a minha vida a partir daquele momento não foi mais a mesma, eu não sei, não soube até hoje e nunca saberei o que se passou com Lana naquela noite se ela chorou, se ela pensou nos nossos momentos juntou, ou se ela não pensou em mim, se ela simplesmente dormiu e acordou como se nada tivesse acontecido. O nosso amor de outono se acabou no inverno as folhas caíram deram lugar ao frio e a escuridão, as cores de fogo as chamas esparramadas pelo chão sucederam ao branco ao cinza e ao preto. A minha vida de colorida passou a obscuridade o verde que preenchia minha vista, o verde que selava o mais sincero amor, o verde que perdura até hoje na minha cabeça, perde lugar ao meu coração escuro e sombrio. Como todo carnaval tem seu fim o meu chegou a este. Despeço-me aqui dizendo que ainda amo Lana, como nunca amou ninguém, mas também me despeço também desta nossa história por que não ter mais forças para continuar a lutar por esse amor.

Adeus Lana. Adeus Amigo Leitor.

FIM